Apresentação

A Escola da Coisa Freudiana é uma associação de fins não lucrativos que tem como objeto de trabalho a Psicanálise. Seu fundamento assenta-se na doutrina de Freud e Lacan e seu nome deriva do conceito de Escola, proposto por Lacan, e do termo das Ding, com o qual Freud nomeia o real da experiência analítica.

Esta Escola trabalha para inscrever um laço social inspirado no discurso analítico. Seu fundamento é ético e se define pelo enodamento entre os conceitos de Transmissão, Ensino e Formação. Sustenta-se, portanto, nos princípios de que o analista só se autoriza de si mesmo e que a formação analítica deve, necessariamente, ser permanente.

O sentido último da Escola consiste em buscar o avanço da Psicanálise através do dispositivo privilegiado do Passe.

A Escola tem no trabalho de um grupo de quatro pessoas mais uma, denominado Cartel, seu órgão de base, ordenado pelos conceitos de dissolução e permutação.

Para desenvolver suas atividades, a Escola realiza debates, cursos, congressos, seminários, sessões clínicas, conexões com outros saberes e jornadas bianuais de Cartéis.

Do Cartel

O cartel é um dispositivo de trabalho proposto por Lacan (1964) para uma Escola de psicanálise. Um pequeno grupo que se dispõe a trabalhar a partir de uma falta de saber particular, tomada enquanto questão. Considerado órgão de base da Escola e formulado como 4 + 1, o cartel afirma, em cada um, o engajamento na produção de um saber. Isto é, produz a comunidade analítica por meio do laço de trabalho, operando como dobradiça entre a formação do analista e a extensão da psicanálise. O formalizado neste trabalho pode ter a chance de, ao ser exposto, fazer avançar a psicanálise.