Atividades

 

Sobre o Passe

Apresentaremos esta atividade dizendo que se trata de um ciclo de trabalho centrado na psicanálise em intensão. Mais precisamente, diremos que se trata de: um ciclo de leituras. Um ciclo voltado para o deciframento dos textos de Lacan inseridos no volume Outros Escritos1  e que foram recolhidos na rubrica consagrada ao conceito de Escola e à função do passe.

Portanto, estamos nos referindo ao Capitulo V desse volume. Por sinal, um capítulo que inclui uma série de textos – talvez uma coletânea – que vão desde a Ata de Fundação à Nota Italiana.

O objetivo da proposta é mostrar:

- o quanto para Lacan, o conceito de Escola é inseparável da função do passe;
- como a função do passe recolhe isso que Freud denominou psicanálise pura;
- e até que ponto a psicanálise em intensão determina a nomeação dos analistas.
Entenda-se: do analista da Escola.

O método que adotaremos é o de uma série de apresentações – nos moldes de uma leitura – com a finalidade de realizarmos uma prática literal. Ou seja, um exercício pautado na prática da leitura e assentada no pé da letra. Tudo isso, em função do propósito de nos mantermos rentes a essa dimensão que Lacan designou com o nome de: saber textual2. Entenda-se: um saber que se iguala a um dito. Um dito que não pode ser desdito3.

No fim, diremos que com este método e este procedimento aspiramos a reproduzir no campo da transmissão o mesmo princípio que supomos que rege a ética da psicanálise.
Vale dizer: a ética do saber analisante.

Antonio Godino Cabas

1 – Lacan, J. Outros Escritos. RJ: Zahar Editor, 2003.
2 – Lacan, J. Proposição do 9 de outubro. 1ª versão. In Outros Escritos. RJ: Zahar Editor, 2003, pg 575.
3 – Lacan, J. Le Seminaire, Livre XX. Conf II. Paris: Editions du Seuil, 1975, pg 25.

 

Seminário da Intensão: Uma questão doutrinária

Apresentaremos esta atividade dizendo que se trata de um ciclo de debates estritamente centrado na psicanálise em intensão, tal e como ela se apresenta nesta Escola. No fundo, trata-se de um ciclo de debates e esse ciclo está voltado para o deciframento crítico dos textos que integram os fundamentos doutrinários desta Escola.  Para tanto, tomaremos como ponto de partida os escritos que foram inseridos no volume do Cadernos 1 –  I Congresso – A psicanálise hoje – Scilicet1 no capítulo dedicado à questão doutrinária.

Estamos, pois, citando o Capítulo 6 desse volume que inclui um conjunto de textos uma pequena série ou talvez uma coletânea que vão desde a questão da doutrina até a pergunta pelo Sinthoma.

O objetivo desta proposta é o de reler os textos que marcam nossas referências com o propósito de mostrar que:
- a experiência do passe é a base de todo debate quanto ao fim de uma análise;
- a travessia do fantasma é a dimensão ética destinada a situar o mais-de-gozo;
- e que a raiz do gozo é a substância por excelência.

Simplesmente porque é certo que há uma dimensão ética em ousar transcender a janela do fantasma. Em querer tocar o mais de gozo que a pulsão contorna. Em querer chegar a conhecer a raiz do gozo e em querer entrever a substância que anima a vida. São efeitos próprios da psicanálise em intensão e, por consequência, relativos à nomeação de um analista.
Entenda-se: analista da Escola (AE).

O método que adotaremos é uma série de apresentações dialéticas  nos moldes de um debate. Um debate cujo propósito é o de realizar um exercício de leitura e consolidar a prática da crítica interna. Com este método e este procedimento aspiramos a reproduzir no campo da transmissão o mesmo princípio que rege a ética da psicanálise. A saber: que o saber que interessa no discurso analítico é o saber que decorre da realização subjetiva, que advém da subjetivação e que resulta do trabalho analisante.

É uma maneira – nossa – de entender a transmissão da psicanálise e a função do saber no campo da ética analisante e no âmbito do discurso analítico. 

Antonio Godino Cabas

1 – Lara, E. M. – Escola da Coisa Freudiana – Cadernos Nº 1 – I Congresso: A psicanálise hoje – Scilicet. Capitulo Doutrinário. Editora Juruá, Curitiba, 2010. pg 163 a 216.

 

Transmissões: Comissão de Psicanálise Aplicada

Transmissões: Psicanálise Aplicada é uma atividade que busca dar consequências, em nossa comunidade, ao debate clínico. Nesta atividade, terá lugar a experiência e as elaborações da Comissão de Psicanálise Aplicada.

A psicanálise aplicada foi para Lacan uma das seções da Escola Freudiana de Paris. Composta por médicos e psicanalistas, servia de base para a transmissão psicanalítica e a discussão clínica. A Escola da Coisa Freudiana se inspirou nessa concepção ao se dispor a uma experiência de discussão clínica com médicos residentes em psiquiatria. O trabalho da Comissão de Psicanálise Aplicada traz para debate o estudo em torno à clínica, através de discussões de casos clínicos, com o empenho por constituir uma casuística.

Comissão de Psicanálise Aplicada

 

Releituras

Atividade destinada a aderência da Escola da Coisa Freudiana. Consiste na releitura de textos escritos e publicados pelos aderentes ao longo de nossa história. Oportunidade para evidenciar o nó entre extensão e intensão no trabalho de transmissão.

Secretaria de Transmissão

 

Clínica do Mais-Um

A reunião Clínica do Mais-Um propõe, aos que estão operando a função Mais-Um nos cartéis declarados à Escola, o inclinar-se sobre o vivo da experiência. Desde aí interrogar a função, interrogar-se na função, discutir os obstáculos que permeiam o trabalho, extraindo dessas discussões os pontos de detenção e as possibilidades de relançamento. Extrai-se daí também a elaboração em curso do cartel como órgão de base desta Escola.

Secretaria de Cartéis

 

Reunião de Acolhida

Reunião mensal onde temas inerentes ao laço com a Escola da Coisa Freudiana são debatidos. Essa proposta pretende colocar a trabalho questões que implicam a entrada nesta Escola, possibilitando a extração de conceitos próprios à psicanálise. Considerando o tempo de cada um nesse processo, a Comissão de Acolhida recebe tanto as pessoas que desejam iniciar um trabalho com a Escola quanto aquelas que já fazem parte dela.

Comissão de Acolhida